terça-feira, 6 de julho de 2010

Fragmentos

Recentemente, foi-me dada a possibilidade de visualizar o filme "Sacanas sem Lei" de Quentin Tarantino, o conto de um grupo de soldados americanos dedicados a exterminar a ameaça Nazi que assolou toda a França durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido galardoado com diversos prémios entre os quais se destaca Óscar da Academia para melhor actor secundário (atribuído a Cristoph Waltz).
Ao ver este filme, vários sentimentos e memórias foram suscitadas em mim, nomeadamente o horror da WW2, causado pelo racismo e xenofobia de Adolf Hitler, dando-me vontade de reflectir relativamente ao quanto é que a nossa sociedade evoluiu deste então.
Ora, já mais de 60 anos se passaram desde o final do conflito que para sempre marcará a cultura mundial (e especialmente a judaica), mas curiosamente, muitos dos defeitos que estavam patentes no "modus operandi" dos oficiais Nazis que iniciaram a infame batalha ainda se encontram visíveis na nossa sociedade.
Mais curioso ainda é de observar que essas falhas do comportamento humano remontam aos primórdios da civilização moderna, como é possível referir já milhares de anos antes de Cristo com a escravatura do povo hebreu por parte dos egípcios (comprovado a nível científico e de conhecimento geral por meio da Bíblia Sagrada) e até com o conflito desencadeado entre estes e o poderoso Império Romano, uma vez que para além do constante desejo do ser humano de "possuir mais, independentemente do sofrimento desencadeado no próximo" que sempre motivou civilizações a marchar contra os seus "irmãos" pelos mais insignificantes motivos, a etnia, crenças e religiões do povo oponente servia como factor primordial da discórdia.
"Ora, os egípcios acreditam em Rá e eu acredito em Júpiter. Estes vão contra a palavra das minhas divindades, logo têm que ser erradicados" - diria um romano e, na situação oposta, um egípcio.
Solução? Esmagar o "infiel" até apenas sobrar a crença "correcta".
Outro exemplo quiçá mais familiar aos leitores será a "Jihad" por parte do povo muçulmano, que já remete de há várias centenas de anos, como é possível contestar pela guerra travada durante os primeiros séculos do primeiro milénio entre o povo Ibero e o Muçulmano, uma vez que estes acreditavam que todos os que seguissem outro deus que não Alá e ouvissem profeta que não Maomé deveria ser erradicados.
Esta guerra santa ainda é visível actualmente com os diversos ataques terroristas que assolam o mundo, nomeadamente o trágico massacre do 11 de Setembro de 2001.
Passaram 60 anos desde a 2ª Grande Guerra, quase um milénio desde a Reconquista Cristã e vários milhares de anos desde as batalhas entre a civilização Egípcia e Romana, e é curioso (e triste) de observar que os motivos que incitam as guerras actuais são os mesmos: racismo, xenofobia e inflexibilidade política.
Já Saramago dizia: "O crime mais imperdoável de todos é usar a desculpa de matar em nome de Deus"

Todos temos etnias e crenças diferentes, cada um vê o mundo de acordo com o que os seus olhos lhe ditam, uns irão pela paz, outros pela guerra, uns cantarão na multidão, outros escreverão no silêncio. Todos diferentes, todos iguais.
Acreditemos no que acreditemos, façamos o que façamos, somos todos seres humanos, partilhamos o mesmo ADN, temos todos sentimentos.
O ser humano tem que abrir os olhos, batalhar por aquilo em que acredita, unir os fragmentos de uma civilização há muito dispersa: uma civilização justa, em união, onde todos contribuem para um objectivo comum.
O destino está nas nossas mãos...mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...
Sim, o mundo está muito longe da estabilidade...mas a noite atinge a escuridão máxima antes do amanhecer...mas este acaba sempre por chegar...

A esperança é a última a morrer...

5 comentários:

  1. pois, concordo incondicionalmente a 99%...porém há uma coisa que te escapa...
    Não há como fugir aos instinto Humano; és atacado, a tua reacção é ripostar de imediato (a não ser que sejas cobarde e fujas, geles de medo ou fiques impotente perante aquela situação).
    Imaginemos, o Irão ataca os EUA com armas de destruição em massa, pensas que quê, que se iria usar a teoria do ''peace & love'' e que nada se iria fazer?!
    ou até, alguém quer te matar, o que farias? atacávas-lo também, fugias ou aplicavas a teoria do ''peace & love'' e levavas um balázio na mesma?
    Quer queiramos quer não, estamos sempre restritos a isto, a Guerra, a Luta, o Combate, fazem parte da nossa vida tal como beber, comer, procriar ou dormir.
    Tirar-nos a capacidade de guerrear seria o mesmo que nos tirar toda e qualquer capacidade de resposta, de raciocínio e de liberdade. por outras palavras, seria como se nos cortassem os braços e as pernas, e fossemos cegos, surdos e mudos...lá está, seriamos umas marionetas autênticas, sempre submetidas á vontade de um todo-poderoso.
    Por isso é que existem Revoluções, tumultos, manisfestações e afins, é o expressar de um vontade, própria e única!
    Querem por fim á Guerra? eliminem todo e qualquer ser vivo existente...os babuínos lutam, os macacos lutam, as aranhas lutam, até os mexilhões lutam!
    Seja como for,ás vezes mais vale descavilhar uma granada e limpar 3 ou 4 que passar o resto da vida cheio de medo, submisso, cobarde...


    ''Eu gostava de ter inventado um corta-relva...'' General Mikhail Kalashnikov, o inventor da AK-47 e respectivas versões

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  2. tudo se resume à capacidade de aceitação da opinião do outro, ou à falta dela. o que falta ao ser humano é tolerância e bom senso! matar por deus? -.- é ridículo

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  3. tolerância hein?
    como podes ser tolerante face aos que não têm capacidade para tolerar?
    Por exemplo, como podes dar tolerância aos Líderes Políticos da Coreia do Norte e do Irão (Kim Jon-il e Mahmud Ahmadinejad) quando esses canalhas só querem é destruição e guerras globais? Digo-te desde já, se fosse comigo, pagava ao melhor Atirador Especial do planeta para lhes meter um balázio na tola aos 2!
    Ou em versão mais reduzida e ''menos radical'', queres dar tolerância a um Racista, a um Terrorista ou a um Nazi?
    è por causa destas ''tolerâncias'' e liberdades todas que estamos na situação em que estamos; hoje em dia já não nos podemos defender de um agressor, ladrão ou violador, visto que vamos mais depressa presos que ele prórpio!


    TOLERÂNCIA 0 PARA A INTOLERÂNCIA!

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  4. isso são criminosos. eu estava a falar na tolerância religiosa

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  5. os Árabes são religiosos e isso não os impede de andarem a arrebentar com tudo o que se mexa...para mais, na Suíça os miranetes já são proibidos, e basta ligar a TV por meados de Novembro que nos vamos deparar sempre com confrontos entre Árabes e Ciganos nas Ruas Francesas.
    E quanto aos Israelitas e Palestinianos...só digo uma coisa...VIVA ISRAEL, VIVA O POVO HEBREU!

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